quinta-feira, 31 de março de 2011

Defensoria está a frente da lei e da jurisprudência

Novo momento
 
 
Não dá mais para disfarçar: o Defensor Público de vanguarda já rejeita a idéia do paletó e gravata, despreza a sinuosidade e longevidade da ortodoxa liturgia judicial prescrita pelos velhos códigos de processo. As acinzentadas salas de audiência já não comportam sua performance acalentadora. Muitos menos seus assistidos almejam lançar-se numa odisséia até prolação de enigmático veredicto.

O Defensor Público desta segunda Década do Terceiro Milênio, que se inicia, agoniza e rejeita a delonga e indefinição do legislador ordinário em sintonizar as leis de processo com objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil de construir uma sociedade justa e de erradicar a pobreza.

Diz-se que a jurisprudência está à frente das leis. A Defensoria Pública está à frente de ambos. Como Owens, mudamos a filosofia do jogo.

As preclusões e inépcias sempre contagiosas ao pobre, por força da Lei Complementar 132/2009, dão lugar à solução extrajudicial dos litígios, visando à composição entre as pessoas em conflito de interesses, por meio de mediação, conciliação, arbitragem e demais técnicas de composição e administração de conflitos. Proliferam pelo País os Núcleos de Mediação da Defensoria Pública.

O Defensor Público já descobriu que está mais para um Indiana Jones do que para um garimpeiro de incisos e alíneas. Os assistidos desejam ser salvos do mundo kafkaniano. Preferem o justo à lei. E o justo pode ser debatido, admite diálogo e um final razoável para os contendores. Ninguém mais quer uma vitória de Pirro.

O povo quer uma definição sobre seus anseios e pesares, participando ativamente do desfecho de suas pretensões. Até o Poder Público já cede à idéia da solução extrajudicial de seus litígios.

Cada Defensor Público representa resplandecente farol de esperança ao Estado Democrático de Direito. É instrumento de otimização e dinamização da resolução dos conflitos, traduzindo-os em títulos executivos de liquidez e exigibilidade inquestionável, sem as cicatrizes das eternas dilações probatórias. Afinal, acordo não se motiva, é celebrado sem argumentos e objeções, nem rende ensejo a preliminares peremptórias.

É claro que ainda existem — e devem continuar existindo — juízes em Berlim. Mas, em Berlim, agora, também existe mais cidadania e conscientização do ordenamento jurídico.

É um caminho sem volta. A Defensoria Pública nacional reescreverá novo capítulo nos velhos manuais de Direito. Um capítulo de vida, esperança e paz, comprometido com a solução célere e pacífica das controvérsias.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Presidente do TJ anuncia em Campina a instalação do Juizado Especial de Violência Doméstica contra a mulher

O presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador Abraham Lincoln da Cunha Ramos, anunciou, em Campina Grande, a instalação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher naquela comarca. Ele esteve reunido com o diretor presidente da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (Facisa), Dalton Roberto Gadelha, e a reitora da Instituição, Gisele Gadelha. Na pauta do encontro a parceria para viabilizar a instalação, que deverá ocorrer nos próximos dois meses.

O desembargador Abraham Lincoln explicou que a implantação dos juizados da mulher é um compromisso de sua gestão e a partir da entrada em vigor da nova Lei de Organização e Divisão Judiciária (Loje), no último dia 4, o Tribunal de Justiça iniciou as providências junto às instituições de ensino superior que se prontificaram a firmar parcerias para as instalações dos dois Juizados de Violência Doméstica contra a Mulher. Na Capital, os entendimentos estão sendo mantidos com a Universidade Potiguar. Agora, em Campina Grande com a Facisa.

“A Facisa é uma das melhores instituições e oferece condições para a instalação desta Vara, em Campina Grande. Desta forma, nos próximos dias, estando atendidas todas as especificações previstas para o funcionamento, iremos assinar o convênio, e depois, num prazo de em 60 dias vamos providenciar a instalação.

O presidente do TJ ressaltou ainda que pretende conversar com a Secretaria de Ação Social do Estado, sobre a possibilidade para disponibilizar um abrigo para as mulheres no município de Campina Grande. “Uma mulher que procura a delegacia ou a vara especializada, quando é agredida fisicamente pelo companheiro ou pelo marido, na maioria das vezes não tem condições de voltar para sua residência, porque se o fizer, será agredida novamente pelo companheiro. Então, esse abrigo seria de grande importância”, afirmou o presidente.

O diretor da Facisa, Dalton Gadelha comentou a iniciativa da Presidência do Tribunal de Justiça, em firmar parcerias com instituições de ensino superior para instalações dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. “Nosso objetivo maior é ajudar a sociedade a resolver seus problemas”, observou.

Loje - Segundo o Artigo 167 da Loje, compete ao Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher o processo, o julgamento e a execução das causas cíveis e criminais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da Lei Federal nº 11.340, de 07 de agosto de 2006, bem como o cumprimento de carta precatória relativa à matéria de sua competência.



Fonte:
Gerência de Comunicação
Marcus Vinícius Leite

segunda-feira, 28 de março de 2011

Símbolo identifica veículos conduzidos por deficientes auditivos

Todos os veículos conduzidos por deficientes auditivos na Paraíba serão identificados pelo símbolo internacional da surdez. Uma solenidade marcada para as 9h desta terça-feira (29) reunirá na sede do Detran, em Mangabeira, na Capital, representantes de órgãos de trânsito e de órgãos de assistência aos deficientes auditivos, a exemplo da FUNAD e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Humano. Na ocasião, será feita a entrega dos primeiros adesivos com o símbolo mundial da surdez para condutores surdos.

Tão logo tomou conhecimento de que Lei Federal 8.160, de janeiro de 1991 não vinha sendo cumprida na Paraíba o superintendente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Rodrigo Carvalho, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual se comprometendo a determinar a confecção dos adesivos e a sua distribuição.

Segundo a lei, “é obrigatória a colocação, de forma visível, do ‘Símbolo Internacional de Surdez’ em todos os locais que possibilitem acesso, circulação e utilização por pessoas portadoras de deficiência auditiva e em todos os serviços que forem postos à sua disposição ou que possibilitem o seu uso”.

A Legislação também prevê que “é proibida a utilização do ‘Símbolo Internacional de Surdez’ para finalidade outra que não seja a de identificar, assinalar ou indicar local ou serviço habilitado ao uso de pessoas portadoras de deficiência auditiva”.

O símbolo internacional de surdez poderá ser colocado no vidro traseiro do veículo permitindo que o motorista de ambulância, policiais, resgate e outros possam identificar que o condutor é surdo.

O mesmo adesivo pode ser colocado no vidro dianteiro. Para que os policiais ou oficiais possam saber que o condutor é surdo, evitando problemas durante a abordagem.

Segundo Rodrigo Carvalho, a identificação dos veículos conduzidos por deficientes auditivos representa um respeito à cidadania e garante a acessibilidade, além de evitar que estes condutores sejam prejudicados no trânsito por não ouvir as sirenes, os apitos dos agentes de trânsito e até as buzinas.

Ele lembra que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) já identifica o condutor surdo, mas nem sempre ele tem a oportunidade de exibir o documento e evitar infrações indevidas.

Segundo Rodrigo Carvalho, “ao fazer cumprir uma lei, em vigor há 20 anos, o Governo Ricardo Coutinho demonstra sensibilidade e atenção aos anseios da sociedade, principalmente no tocante ao respeito à cidadania e à acessibilidade”.



Fonte: Secom-PB

Frente Parlamentar pela Cidadania GLBT será relançada na terça - feira


A Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) será relançada na próxima terça-feira, às 14h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados. A ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves confirmaram presença.

Segundo a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), 171 parlamentares se integraram à Frente, que busca igualdade de direito para todos os cidadãos, independente de sua orientação sexual o identidade de gênero.


Fonte: senado.gov.br/BLOG

sábado, 26 de março de 2011

STF deve se manifestar a favor do direito homoafetivo

Por Marina Ito

Já que há um bloqueio quase insuperável no plano legislativo, as melhores chances para uma evolução no que se refere ao direito homoafetivo é no Judiciário. A melhor, avalia o procurador da República no Rio de Janeiro Daniel Sarmento, é no Supremo Tribunal Federal, que deve julgar ainda este semestre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, apresentada pelo governador do Rio, em que pede que seja reconhecida a união estável para servidor público homossexual.

"Talvez seja otimismo demais, mas acredito que a chance de êxito no STF é quase 100%", disse o procurador durante o "1º Congresso Nacional de Direito Homoafetivo", que aconteceu na OAB do Rio, nesta quinta-feira (24/3). Segundo Sarmento, que é professor de Direito Constitucional, os ministros Marco Aurélio e Celso de Mello já se posicionaram em decisões isoladas sobre direito homoafetivo. Também citou os ministros Luiz Fux e Dias Toffoli, que já se manifestaram publicamente a favor. Também acredita que há boa chance de votos favoráveis dos ministros Ayres Britto e Gilmar Mendes.

Quem sabe, disse, no próximo evento sobre os direitos dos homossexuais, vamos discutir casamento de pessoas do mesmo sexo. "Não há porque cidadania se contentar com menos se pode mais", afirmou o procurador, conhecido pela atuação em defesa dos direitos humanos.

Sarmento afirmou que a questão dos benefícios patrimoniais e econômicos não parecem ser o essencial quando se trata de união de pessoas do mesmo sexo. O olhar do outro, diz, é constitutivo da personalidade das pessoas. Segundo o procurador, o que importa é o reconhecimento.

Para ele, quando o ordenamento jurídico diz que pessoas do sexo oposto podem se casar afirma também que aquele que fez uma escolha diferente não vale a mesma coisa, é um cidadão de segunda categoria. "Os nomes importam. Não adianta dizer que damos as mesmas condições, se não a nomeamos como casamento." No Brasil, afirma, a sociedade valoriza o casamento.

De acordo com Daniel Sarmento, não adianta o Estado coibir a violência contra os homossexuais se estimula outros tipos de violência, fomentando o preconceito. O procurador afirmou que não se trata de dar direitos especiais ou propor ações afirmativas. "É dar o mesmo direito", diz.

O constitucionalista Luís Roberto Barroso, em palestra gravada em vídeo e apresentada no Congresso, afirmou que não vê razão pela qual o Direito deva tratar uniões homoafetivas de modo diferente de uniões de um modo geral. "O que vale na vida são nossos afetos. Qualquer maneira de amar vale a pena", disse.


Matéria no Judiciário
Daniel Sarmento e Barroso participaram do painel "As relações homoafetivas nos tribunais superiores". Os dois falaram sobre a ADPF 132, apresentada pelo governador do Rio, Sérgio Cabral. "Em questão espinhosa, o juiz acaba saindo pela tangente", disse o procurador. Quando percebeu que a ADPF poderia esbarrar em uma questão processual em relação à legitimidade do governador para propor uma ação, que poderia, ainda, valer apenas para os servidores do estado, o Ministério Público Federal entrou com outro processo. Se o Supremo decidir que a ADPF não pode ser proposta pelo governador, já tem a ação do MPF.

Barroso também participou da ação proposta pelo estado do Rio. Contou que um grupo de procuradores ligados aos direitos humanos o procurou para estruturarem uma ação que fizesse o Supremo se manifestar sobre o tema. Estudos foram feitos, mas ação não foi proposta pela Procuradoria-Geral da República na época. Até que a ação foi apresentada pelo governo do Rio. Quando a vice-procuradora-geral Deborah Duprat assumiu a PGR, propôs outra ADPF.

Já no Superior Tribunal de Justiça, os constitucionalistas apontaram o julgamento, não concluído, sobre o reconhecimento da união estável entre os homossexuais. A 2ª Seção começou, neste ano, a julgar a possibilidade de reconhecimento de união estável homoafetiva. O julgamento foi interrompido com o pedido de vista do ministro Raul Araújo Filho. Quatro ministros já votaram a favor da união de homossexuais; dois, contra.

A relatora do caso, ministra Nancy Andrighi, votou pela possibilidade de reconhecimento da união estável homossexual, por entender que a união de pessoas de mesmo sexo se baseia nos mesmos princípios sociais e afetivos das relações heterossexuais. Negar tutela jurídica à família constituída com base nesses mesmos fundamentos, seria uma violação da dignidade da pessoa humana, afirmou a ministra.


Avanço
Os palestrantes reconhecem que há um avanço em matéria de direito homoafetivo tanto no Judiciário quanto no plano administrativo. A especialista no assunto, advogada Maria Berenice Dias, contabilizou 19 comissões nas seccionais da OAB sobre o tema. A presidente da Comissão de Direito Homoafetivo do Rio, advogada Raquel Castro, disse à ConJur que se comparar a quantidade de leis sobre o assunto no Brasil, a quantidade de decisões sobre a matéria é significativa. Ela lembrou os números apresentados por Maria Berenice, que reuniu pouco mais de mil decisões favoráveis aos homossexuais pelo Brasil. "É muito pouco se pensar no tamanho do país", disse Raquel Castro.

terça-feira, 22 de março de 2011

CNJ determina criação de órgaos voltados ao atendimento às vítimas de violência doméstica

O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou resolução que determina aos tribunais de justiça de todos os estados e do Distrito Federal a criação de coordenadorias estaduais voltadas para o atendimento às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Na prática, a resolução determina, após a publicação do texto, prazo de quatro meses para que tais tribunais instalem suas coordenadorias e passem, a partir delas, a repassar informações sobre os processos abertos e a colaborar com o combate a este tipo de violência. Prazo, este, que deverá vigorar até setembro. Dentre outras atribuições, as coordenadorias deverão elaborar sugestões para o aprimoramento da estrutura do Judiciário na área do combate e prevenção da violência contra as mulheres e dar suporte aos magistrados, servidores e equipes multiprofissionais neste tipo de trabalho, como forma de melhorar a prestação jurisdicional. Deverão, ainda, promover articulações entre o Judiciário e outros órgãos - tanto governamentais como não-governamentais - que levem a parcerias para o andamento destas ações.

Procedimentos - Também caberá às coordenadorias, recepcionar em cada estado dados, sugestões e reclamações referentes aos serviços de atendimento à mulher em situação de violência e fornecer os dados referentes aos procedimentos que envolvem a Lei Maria da Penha (Lei 11.340, que coíbe a violência doméstica e familiar contra as mulheres) ao CNJ.

Conforme o teor da resolução, cada coordenadoria estadual da mulher em situação de violência deverá ser dirigida por um magistrado com competência jurisdicional ou conhecida experiência na área. Além disso, poderá contar com a colaboração ou assessoria de outros magistrados - sem dispensa da função jurisdicional - e estrutura de apoio administrativo e equipe multiprofissional (preferencialmente, do quadro de servidores do Judiciário).

Assistência - De acordo com os conselheiros do CNJ, a resolução leva em consideração o dispositivo constitucional previsto no artigo 226 da Carta Magna, segundo o qual, compete ao Estado assegurar assistência a cada um dos integrantes da família, criando mecanismos que venham a coibir a violência no âmbito de suas relações. E, também, a Lei 11.340 (Lei Maria da Penha) no artigo 1º, que estabelece que cabe ao poder público desenvolver políticas que visem garantir os direitos humanos das mulheres na seara das relações domésticas e familiares.

A resolução foi aprovada no momento em que o CNJ se prepara para abrir a quinta edição da Jornada Maria da Penha, programação que consiste em painéis e discussão sobre a aplicabilidade e eficácia da lei com autoridades e especialistas diversos. A Jornada deste ano está programada para acontecer na próxima terça-feira (22/03) no plenário do Conselho. Tem por finalidade, discutir políticas públicas do Poder Judiciário sobre o tema. Objetiva, ainda, expor o quadro atualizado da instalação e do funcionamento dos juizados e varas especializadas em violência doméstica e familiar contra a mulher, além de abordar aspectos jurídicos com magistrados, juristas e operadores de Direito.


Fonte:
Hylda Cavalcanti
Agência CNJ de Notícias



domingo, 20 de março de 2011

TJ-PB investe em videoconferência com presos

Audiência a distância

O Tribunal de Justiça da Paraíba está investindo em videoconferências nas audiências com presos. Na última sexta-feira (18/3), o presidente do órgão, desembargador Abraham Lincoln da Cunha Ramos, assinou convênio com a Secretária Estadual de Administração Penitenciária, que vai implantar o projeto em 30 dias.

A medida atinge os presídios de Róger e de Campina Grande.

Com o novo sistema, presos que estão em regime provisório não precisam ser deslocados para participar das audiências nos fóruns. Segundo o TJ-PB, os juízes titulares das varas, por meio do sistema interligado com câmeras, audio e monitores, poderão conduzir toda a audiência, diretamente da unidade judiciária, sem que o preso precise sair da unidade prisional.

O presidente do órgão disse que a iniciativa faz parte da virtualização do TJ. “Ao mesmo tempo em que estamos virtualizado todo os procedimentos processuais, vamos também avançando na prática, utilizando os meios eletrônicos para facilitar as atividades do Poder Judiciário, trazendo mais economia e celeridade”, reiterou.

O secretário José Alves Formiga lembrou que o novo sistema vai trazer economia e segurança. “Será muito importante esse primeiro passo para avançar nesse processo”, disse.

Com informações da Assessoria de Comunicação do TJ-PB

segunda-feira, 14 de março de 2011

Dia Nacional da Poesia.


Poeta brasileiro homenageado com o dia da poesia

A poesia é a arte da linguagem humana, do gênero lírico, que expressa sentimento através do ritmo e da palavra cantada. Seus fins estéticos transformaram a forma usual da fala em recursos formais, através das rimas cadenciadas.

As poesias fazem adoração a alguém ou a algo, mas pode ser contextualizada dentro do gênero satírico também.

Existem três tipos de poesias: as existenciais, que retratam as experiências de vida, a morte, as angústias, a velhice e a solidão; as líricas, que trazem as emoções do autor; e a social, trazendo como temática principal as questões sociais e políticas.

A poesia ganhou um dia específico, sendo este criado em homenagem ao poeta brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871), no dia de seu nascimento, 14 de março.

Castro Alves ficou conhecido como o “poeta dos escravos”, pois lutou grandemente pela abolição da escravidão. Além disso, era um grande defensor do sistema republicano de governo, onde o povo elege seu presidente através do voto direto e secreto.

Sua indignação quanto ao preconceito racial ficou registrada na poesia “Navio Negreiro”, chegando a fazer um protesto contra a situação em que viviam os negros. Mas seu primeiro poema que retratava a escravidão foi “A Canção do Africano”, publicado em A Primavera.

Cursou direito na faculdade do Recife e teve grande participação na vida política da Faculdade, nas sociedades estudantis, onde desde cedo recebera calorosas saudações.

Castro Alves era um jovem bonito, esbelto, de pele clara, com uma voz marcante e forte. Sua beleza o fez conquistar a admiração dos homens, mas principalmente as paixões das mulheres, que puderam ser registrados em seus versos, considerados mais tarde como os poemas líricos mais lindos do Brasil.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

sábado, 12 de março de 2011

...

Sete Cidades
Titãs [Legião Urbana]


Já me acostumei com a tua voz
Com teu rosto e teu olhar, me partindo em dois
E procuro agora o que é minha metade
Quando não está aqui
Sinto falta de mim mesmo
E sinto falta do meu corpo junto ao teu

Meu coração
É tão tosco e tão pobre
Não sabe ainda os caminhos do mundo
Quando não estás aqui
Sinto medo de mim mesmo
E sinto falta do teu corpo junto ao meu

Vem depressa pra mim que eu não sei esperar
Já fizemos promessas demais
Já me acostumei com a tua voz, quando estou contigo estou em paz
Quando não estás aqui
Meu espírito se perde
Voa longe, longe, longe

terça-feira, 8 de março de 2011

Mulher...

Um brinde a nós... Mulheres!!!

Semente...
SER-mente...
SER que faz gente,
SER que faz a gente.

Mulher
SER guerreiro, guerrilheiro, lutador...
multimidia, multitarefa, multifaceta, multi-acaso...
multi-coração...

Mulher
SER que dá conta,
que vai além da conta,
que multiplica,
divide, soma e subtrai, sem perder a conta,
sem se dar conta, de que esse século foi seu parto,
na direção de seu espaço,
de seu lugar de direito e de fato,
de seu mundo que lhe foi usurpado e que agora é por ela ocupado.

MULHER...
Esse SER florado,
esse SER adorado,
esse SER adornado,
que nos poem em um tornado,
nos deixa saciado e transtornado,
que nos faz explodir e sentir extasiado.
SER admirado...

MULHER...
Nesse final de milénio, faça a transição.
Tire de seu coração a semente que vai mudar toda a gente
levando o mundo a ser mais gente...
Um mundo mais feminino.
mais rosado e sensibilizado,
mais equilibrado e perfumado...

PARABENS MULHER !!!
Não pelo oito de marco,
nem pelo beijo e pelo abraço,
nem pelo cheiro e pelo amaço.
Mas por ser o que és...
Humus da humanidade,
Raiz da sensibilidade,
Tronco da multiplicidade,
Folhas da serenidade,
Flores da fertilidade,
Frutos da eternidade...
Essencia da natureza humana.

sábado, 5 de março de 2011

é CARNAVAL \o/ !


"Olinda! Quero cantar a ti esta canção
Teus coqueirais, o teu sol, o teu mar
Faz vibrar meu coração, de amor a sonhar
Em Olinda sem igual
Salve o teu Carnaval! "

sexta-feira, 4 de março de 2011

Fotógrafo paraibano vence concurso nacional


David trabalha na Secom/PB e concorreu com mais
 quase 2.500 fotógrafos do país

O fotógrafo da Secretaria de Estado da Comunicação Institucional, Antonio David, conquistou o primeiro lugar no quesito cor do 8º Concurso Fotográfico Cultural Leica-Fotografe (prêmio mais cobiçado por fotógrafos profissionais), promovido pela Leica e revista Fotografe Melhor, a mais destacada publicação do gênero na América Latina, editada pela Editora Europa. David recebeu o prêmio no dia 1º deste mês, em São Paulo.

Este ano, o tema do Concurso Leica-Fotografe foi Cena Brasileira, com o objetivo de dar ao participante um amplo campo criativo, envolvendo paisagens, gente, manifestações folclóricas, culturais, artísticas, sociais e esportivas. David foi premiado com a imagem “Homem em meio a guarda-chuvas”. A foto dele foi escolhida entre 15 mil fotos concorrentes inscritas por profissionais brasileiros. A Revista Fotografe Melhor edição 174 já está nas bancas de todo Brasil. David recebeu prêmio em SP.

Chovia durante uma romaria de fiéis que rumavam para o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, na Pedra da Boca, município de Araruna (PB), a 153 km de João Pessoa. De cima do altar, Antonio David, que trabalha como fotojornalista da capital paraibana, fez várias imagens dos romeiros. Numa delas, destacou-se um senhor negro, sem guarda-chuva, protegido apenas pelo chapéu de feltro. Foi com essa imagem que o fotógrafo paraibano quase conseguiu nota máxima de todos os jurados na primeira rodada do julgamento da categoria Cor: de 21 pontos possíveis, ele conseguiu 20.

Antonio David recebeu de prêmios uma câmera digital Leica, a fotografia premiada impressa em padrão fine art e com moldura; e direito a escolher um conjunto de livros da coleção Biblioteca Fotografe e um ensaio fotográfico na edição da revista de abril.



Fonte: WSCOM Online

quinta-feira, 3 de março de 2011

Unesco dá parecer favorável à distribuição de material contra homofobia nas escolas

"A escola é um espaço privilegiado para a promoção dos direitos humanos..."‏

Amanda Cieglinski, da Agência Brasil
A distribuição de kits informativos de combate à homofobia nas escolas públicas ganhou mais apoio nesta semana. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) deu parecer favorável ao material que, na sua avaliação, “contribuirá para a redução do estigma e da discriminação, bem como para promover uma escola mais equânime e de qualidade”.
Atualmente o material está sob análise do Ministério da Educação (MEC). O kit homofobia, como vem sendo chamado, foi elaborado por entidades de defesa dos direitos humanos e da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis) a partir do diagnóstico de que falta material adequado e preparo dos professores para tratar do tema. O preconceito contra alunos homossexuais tem afastado esse público da escola, apontam as entidades.
“Todas as pesquisas mostram que em torno de 40% da população escolar têm preconceito com esse público. O material vai ensinar os professores a trabalhar isso”, defendeu Toni Reis, presidente da ABGLT. O kit é formado por cartazes, um livro com sugestão de atividades para o professor e três peças audiovisuais sobre o tema. O material foi elaborado pelo projeto Escola sem Homofobia, a partir de seminários e de uma pesquisa aplicada em escolas públicas.
A previsão é que o material fosse distribuído a 6 mil escolas, mas começou a enfrentar resistência em alguns setores da sociedade. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) quer convidar o ministro da Educação, Fernando Haddad, para prestar esclarecimentos no Congresso e permitir que os parlamentares tenham acesso ao material. Ele é contra a proposta e promete mobilizar a bancada religiosa para impedir a distribuição dos kits.
“Isso [o material] é um estímulo à homossexualidade, à promiscuidade e uma porta à pedofilia”, afirmou. Segundo ele, caso os kits cheguem às escolas, os próprios pais não deverão permitir que os vídeos sejam exibidos. “Eu já tenho apoio de pais e diretores que me procuram preocupados e vão acionar o corpo docente”, acrescentou. O MEC não se posicionou sobre o assunto.
Para Toni, a posição dos fundamentalistas religiosos é preconceituosa porque o material sequer foi divulgado. Algumas pessoas puderam ver parte dos vídeos que criaram a polêmica. Um deles, chamado Encontrando Bianca, conta a história e os dilemas de convivência no ambiente escolar de um menino que se vê mulher e se descobre travesti. O Conselho Federal de Psicologia também deu parecer favorável às obras, considerando-as adequadas à faixa etária indicada.
Para a pesquisadora em sexualidade e professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Claudiene Santos, a polêmica existe porque ainda há a crença de que a homossexualidade pode ser ensinada ou incentivada pela escola. “Na verdade, o que está se discutindo é uma diversidade que já existe, não foi a escola que inventou. Há um temor da sociedade quando se mexe naquilo que se entende como padrão ou o que chamamos de sexualidade hegemônica”, explicou.
Mesmo com as resistências, ela acredita que o material chegará aos professores e alunos. “A escola é um espaço privilegiado para a promoção dos direitos humanos, mas há uma dificuldade do professor em ter acesso a esse conhecimento. Muitas vezes, há omissão por parte das escolas em coibir qualquer tipo de discriminação, que termina em práticas violentas. Na medida em que você não faz nada, você concorda com aquilo [a homofobia]”, afirmou.
A pesquisadora apontou que afastada da escola pelo preconceito, a população LGBT acaba marginalizada, sem acesso a bons empregos ou à qualificação profissional. “Será que todo travesti gosta de ir para a prostituição ou a gente não dá espaço para que essas pessoas tenham acesso aos direitos que todo cidadão tem?”, questionou.
Em 2009, a Agência Brasil publicou um especial sobre homofobia nas escolas que mostra que o preconceito está presente nas salas de aula e prejudica o desempenho dos alunos vítimas de discriminação.




Colaboração do amigo
MATEUS C MAGALHÃES
Historiador (UEMA) e acadêmico de Direito (UEPB)  

terça-feira, 1 de março de 2011

STJ edita súmula sobre progressão de regime

Crimes Hediondos

O Superior Tribunal de Justiça editou a nova súmula 471, que tem a seguinte redação: “Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no artigo 112 da Lei 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional”.

Na súmula, é aplicado o entendimento pacífico tanto do STJ quanto do Supremo Tribunal Federal de que os delitos cometidos antes da vigência da Lei 11.464/2007, que alterou a Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) para permitir a progressão do regime prisional fechado para um mais brando, deve seguir a LEP.

O projeto da súmula foi apresentado pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, da 3ª Seção do Tribunal, e foi fundamentada no inciso XL do artigo 5º da Constituição Federal de 1988, que diz que “a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”, o artigo 2º do Código Penal, que determina que “ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória” e no artigo 112 da Lei de Execuções Penais (Lei 7.210/84): “a pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão”.

A Lei 11.464/2007 foi editada após o STF ter alterado o entendimento, até então consolidado, de que a proibição à progressão de regime de cumprimento de pena, que era estabelecido pela Lei dos Crimes Hediondos 8.072/90, era constitucional. A inconstitucionalidade dessa proibição foi declarada no julgamento do Habeas Corpus 82.959 em 23 de fevereiro de 2006. Assim, a Lei 11.464/2007 alterou a antiga redação da Lei dos Crimes Hediondos que dizia que os condenados por crimes hediondos deviam cumprir pena em regime integralmente fechado para que “a progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente”.

Esse novo entendimento foi exposto pelo STJ no julgamento do HC 134.518, em que a inconstitucionalidade da proibição à progressão de regime também foi declarada, e do HC 100.277, no qual foi decidido que a Lei 11.464/07 não seria usada nos crimes ocorridos antes dela.

Com informações da Assessoria de Imprensa do Superior Tribunal de Justiça.
HC 134518
HC 100.277
HC 147.905
HC 83.799