terça-feira, 17 de dezembro de 2013

1096 Dias – EU

17 Esse número nunca significou tanto em minha vida... 


Aprendi que o “Livre-arbítrio é [...] a liberdade de fazer, ou não fazer, de seguir tal ou tal caminho, para o seu adiantamento, o que é um dos atributos essenciais do Espírito”.
Obras póstumas, cap. III, Criação, item 16 


Na vida, tudo tem o seu tempo e sua razão de ser. Por vezes nos fazemos perguntas e não obtemos de imediato as respostas. Nem sempre o que queremos é o melhor para nós. Deus em sua infinita sabedoria nos mostra o caminho, nós humanos e imperfeitos demoramos na maioria das vezes a compreender isso, mas apesar da demora, o discernimento vem.

Olhamos para trás, por vezes, não tão atrás assim e enxergamos que o que passou e o que ainda passa nos serviu e serve de lição. O que foi justo e também o que foi injusto. E o grande diferencial de ambos, é que o segundo fortalece. 

Nenhum sofrimento é eterno. Deus misericordioso e bom nos dá a cada dia a oportunidade de nos aperfeiçoar. 

Apesar da pouca experiência de vida e da minha humilde opinião, acho que, nos “padrões da normalidade” ninguém é afeito ao sofrimento. Contudo, o que vejo repetidamente é que para alguns, decidir é bem mais difícil do que sofrer. 

Sentimentos envolvem muitas pessoas, nem sempre o outro colabora, aliás, retifico, nesses casos o outro NUNCA colabora. Você até deseja se libertar, mas o outro não quer permitir. Bem, pena não é um dos melhores sentimentos! 

Decisões precisam ser tomadas, por mais que causem dor, não matam. Pelo contrário, nos faz rememorar certos atos e nos fortalece, auxilia na busca incessante pela evolução. 

Deixo bem claro que, desconsidero todo e qualquer tipo de pré-julgamento ou ameaças de “destruição” de quem não me conhece e muito menos de quem não conhece minhas batalhas diárias, atitudes assim são irrelevantes para mim. 

Pois bem, sempre repito para mim mesma que “o que não soma, diminui”, se não é bom, não vale à pena refutar e muito menos desprender energia. “Não lavo minha alma com lama”. Quando repito a frase, observo bem a posição das letras nessas palavras, que por sinal são bem sugestivas...

Continuar na sofreguidão infelizmente é a escolha da maioria. Se “fazer” de vítima, pedir certos “auxílios” sejam eles os mais baixos possíveis e imagináveis para que com isso arrebate a piedade dos outros é muito indigno.Triste. Além de errado, é atestar a duplamente a sua incapacidade. Que até para desejar o mal, precisa de auxílio. Friso, apenas desejar! 

Infelizmente, para alguns é bem mais fácil sustentar a “amarga ilusão” e “sobreviver de migalhas” do que enfrentar a própria realidade! Pessoas assim geralmente não são afeitas a verdade, deste modo, como poderiam enfrentar a realidade?! De fato, seria pedir demais... 

Nesses casos, a superficialidade de sentimentos, covardia, "consideração", conveniência, frustração tornam-se “normais”, mas sofrer com o peso da própria mentira é um fato lamentável. Por mais que atos e sentimentos assim sejam comuns, JAMAIS vou me acostumar com isso!

NÃO quero para mim uma “vidinha mais ou menos”, ou Eu TENHO ou Eu OPTO NÃO TER! 

Apesar de emocional, concordo que a razão deve estar em sintonia. É uma relação de corpo e mente, em equilíbrio sempre. 

Difícil mesmo é levantar a cabeça e enfrentar a situação sozinha e com dignidade! Posso até sofrer, afinal não sou de ferro e muito menos mutante, mas sofro de cabeça erguida, seguindo as lições do meu amado pai. Esfinge. 

Pois é, cada um com seu carma, sendo assim, está na mão de cada um permanecer com ele ou resolvê-lo. 

Seguindo as sábias palavras de Chico, de fato compreendi que“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
 Nosso Lar, André Luiz. 1944. 


Despertei. Ainda viva, que maravilha! 

Percebi quando comecei a retomar os meus pensamentos, a minha concentração e tive as minhas inspirações de volta. Isso é o máximo! 

Estou hoje definitivamente tirando todas as amarras e todo o aprisionamento que existia na mente, que adoecia corpo e a alma. 

  Finalmente, transcendi as paredes invisíveis que me cercavam. Agora, a palavra de ordem é L I B E R D A D E ! 

Hoje me sinto fortalecida. 

Parafraseando... ”Enquanto as cobras se rastejam, os pássaros voam alto”. 

2014 COMEÇOU cheio de novidades! 


Em mais uma madrugada de inspiração escrevi. 
02:22 – Cybelle Gadelha.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Previsões de um cego

Foto: Romance
Romance  

Aprisionado no que parece ser um hospital psiquiátrico, um homem descreve um livro - ou ao menos acredita nisso. O título é o Livro dos Esquecimentos.

Mas ele não sabe quem é. Não sabe o seu passado nem do seu futuro. Tudo o que sabe é que está perdendo a memória. É o que dizem, "o esquecimento é memorável" diz seu único amigo, o doente do quarto ao lado. 

Memorável? Mas que importa? A memória não é um espaçamento imaginário do tempo? Um homem procura a si mesmo. 

Um autor intenta "realizar o novo".E o resultado é a beleza. A beleza que segundo Dostoiévski, "vai salvar o mundo".



"Todo dia me desperto, mas permaneço longe da Terra. Eles devem ter aumentado a dose de veneno na veia [...]minhas velhas lembranças ressurgem quando tomo novas drogas. Será que eles aumentam a dose de veneno na veia? Lembro-me vagamente. Os esquecimentos me salvaram de mim mesmo. Quem se lembrará de mim, que perdi as lembranças? 

Vivo para esquecer e não para lembrar. Eu poderia contar uma história de ficção, mas a realidade é tão absurda que tudo parece sair da minha imaginação. Antes era eu que me drogava, mas agora são eles que me drogam. Perdi a memória, mas ainda guardo lembranças. 

Há tempos estou livre do meu passado. O esquecimento é fingimento do pensamento. Eles dizem que perder a memória é como estar enterrado vivo. Para mim, o esquecimento me devolveu a vontade de continuar a viver".


Pedro Maciel


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Clarice Lispector


36 anos sem Clarice


* 10/12/1920 - Chechelnyk, Gubernia da Podólia, Ucrânia
+ 09/12/1977 - Rio de Janeiro, Brasil


"Não me lembro mais qual foi nosso começo.
Sei que não começamos pelo começo.
Já era amor antes de ser".







quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O adeus de Nelson Mandela


Nelson Mandela (© Reuters)



"Durante a minha vida me dediquei a esta luta dos povos africanos. Eu lutei contra a dominação branca e lutei contra a dominação negra. Tenho acalentado o ideal de uma sociedade democrática e livre em que todas as pessoas viverão juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal que espero viver. Mas, meu senhor, se for preciso, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer."






O ex presidente da África do Sul Nelson Mandela, conhecido mundialmente por sua luta contra o apartheid, faleceu nesta quinta feira (05.12.2013) em Johanesburgo aos 95 anos.