sexta-feira, 29 de outubro de 2010

“Literatura em Prisões” será lançado em Guarabira

Será lançado de forma pioneira, na tarde desta sexta-feira (24), na comarca de Guarabira, o projeto “Literatura em Prisões: por uma nova autoria, uma nova história”, que faz parte do programa Educação nas Prisões, desenvolvido pelo Ministério da Justiça e a Organização dos Estados Iberoamericanos (OEI), em parceria com o Ministério da Educação. As obras literárias serão lidas e ouvidas pelos detentos da Penitenciária João Bosco Carneiro e do Presídio Regional de Guarabira, dentro da programação diária da Rádio Alternativa Esperança.

A Rádio foi criada em 2006 pelo juiz da Vara de Execuções Penais, Bruno César Azevedo Isidro. A difusora funciona no Fórum de Guarabira das 7h às 18h. Pioneiro em atividades de promoção da cidadania no município, o juiz tem participação direta nas atividades da Rádio. No quadro “Diário da Execução Penal”, ao meio-dia, por exemplo, ele informa o andamento de dez processos e comunica, ao vivo, as decisões tomadas. Em outros horários, ele fala sobre direitos do consumidor, funções do Poder Judiciário e cidadania.

Segundo Bruno Azevedo, a leitura dos livros, na Rádio Esperança, vai contribuir para dinamizar a educação nas duas instituições penais. “Vai despertar os detentos para o poder da leitura e da escrita, melhorar o vocabulário e ajudar na formação dos cidadãos”. O juiz resume a leitura como mais um estímulo à continuidade dos estudos nas prisões.

Estarão em Guarabira para o lançamento a diretora nacional do programa Educação nas Prisões, Regina Miki; o secretário de Administração Penitenciária da Paraíba, Carlos Alberto Mangueira; e o presidente em exercício do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos. O projeto-piloto será avaliado e pode ser aplicado em penitenciárias de todo o país. A intenção é usar a literatura e a educação para auxiliar o processo de ressocialização dos presos.


Penitenciária
Hoje, 80 pessoas estudam na Penitenciária João Bosco Carneiro, e se dividem em quatro turmas. O estúdio da Rádio Esperança é operado por dois detentos que cumprem pena em regime fechado. Marconi Macena, por exemplo, é operador de estúdio, mas também, vende anúncios no comércio e na indústria local. Ele está no último estágio da pena, segundo Bruno Azevedo.

Fonte: Da Secom-PB

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