Rita Gadelha foi uma mulher à frente do seu tempo. O livro que será lançado na tarde desta quinta-feira (8), no Salão Nobre do Tribunal de Justiça, marcando o reinício do calendário de eventos alusivos à memória histórica da Justiça paraibana, é uma biografia da juíza Rita Gadelha, e traça em dois momentos, sua trajetória de vida, e sua grande capacidade intelectual e humana de articulação política e social. “A Escolha de Rita Gadelha” é de autoria da historiadora Maria José Teixeira Lopes Gomes. Na programação do evento consta ainda exibição de um vídeo alusivo à programação cultural para o ano judiciário de 2012, além da apresentação de números musicais pelo quarteto de cordas “Quarta Justa”, da UFPB.
O desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque é o presidente da Comissão Especial de Cultura e Memória do Poder Judiciário. Ela foi criada pelo presidente da Corte, des. Abraham Lincoln da Cunha Ramos e tem por objetivo preservar a memória do Poder Judiciário, bem como incentivar iniciativas que busquem resgatar fatos históricos da Justiça estadual. O magistrado destacou a sensibilidade do presidente e lembrou as comemorações dos 120 anos do Tribunal de Justiça, no ano passado. “Foi uma programação permanente que trouxe, não só o incentivo cultural, mas também a contribuição do TJPB ao movimento cultural do Estado. Foram seis solenidades e todas coroadas de êxito”, comentou.
O livro da historiadora Maria José Teixeira é uma pesquisa minuciosa e biográfica sobre a vida e a carreira da juíza paraibana Rita Gadelha. Nesse trabalho a autora se debruça sobre a história de vida, a trajetória profissional e a liderança da Juíza Rita Gadelha de Sá.
“Contempra-se a excelência da escolha de Rita Gadelha em servir junto aos pobres e necessitados nas diversas manifestações de vulnerabilidades provocadas pela aflição, fome, sede, injustiça, opressão, aridez, desamor, desespero, peregrinação, abandono, perseguição, orfandade, viuvêz, solidão, desigualdade, velhice, ignorância, mendicância e inadequação. A nossa amada magistrada olhava a pessoa em cada aflingido que podia se tornar. Seu olhar sobre o grande potencial revelava além da aparência o trabalho maravilhoso que é o homem”, disse a Maria do Socorro Ferreira de Figueiredo, que assina a apresentação da obra.
Para ela, a autora consagra o seu estilo acurado no gênero biográfico e merece destaque o tratamento preservacionista da memória, ao compilar as narrativas, discursos e documentos em contexto de vida da família de origem, social, profissional, comunitária e da família constituída. “O livro responde ao desafio de histórias ou dar forma a marca deixada por Rita Gadelha, não apenas em obras acabadas, desaparecidas e inacabadas. Mas, no coração daqueles que encontrara no caminho”, avalia.
Para ela, a autora consagra o seu estilo acurado no gênero biográfico e merece destaque o tratamento preservacionista da memória, ao compilar as narrativas, discursos e documentos em contexto de vida da família de origem, social, profissional, comunitária e da família constituída. “O livro responde ao desafio de histórias ou dar forma a marca deixada por Rita Gadelha, não apenas em obras acabadas, desaparecidas e inacabadas. Mas, no coração daqueles que encontrara no caminho”, avalia.
“Rita Gadelha foi uma mulher especial, uma personalidade única revelada de forma incessante e incansável, e como tal, merece que sua memória seja preservada, pela maneira como conduziu sua vida. Com livre arbítrio escolheu um caminho de dedicação ao próximo e de combate às mazelas sociais, numa época que não se falava em políticas governamentais de amparo social e muito menos se praticava ações de justiça social”, observa a autora.
O livro está estruturado em duas partes. Na primeira vem a origem, a vida de Rita Gadelha. Sua filiação, infância, adolescência, titulação, o primeiro trabalho, a constituição da família, o trajeto profissional, a contextualização e sua práxis. A segunda parte trata da história oral resultante de entrevistas com familiares, com quem recebeu ajuda de Rita Gadelha. Quem trabalhou com ela ou a acompanhou em suas demandas. Essas entrevistas foram realizadas em 2009, 2010 e 2011 nas cidades de Santa Rira de João Pessoa. A obra tem o posfácio “Uma vida e muita Luta”, assinado pela historiadora Martha Falcão de Carvalho Morais Santana.
A AUTORA - Maria José Teixeira Lopes Gomes, nasceu em Santa Rita-PB. É bacharela em Direito e Mestre em Educação pela Universidade Federal da Paraíba. É procuradora do Estado e professora da área de Ciências Humanas do Instituto Federal de Educação da Paraíba - antigo CIEF. Foi membro do Conselho Estadual de Educação. Hoje aposentada, dedica-se à pesquisa, trabalhando em dois eixos: Histórias das instituições e histórias de vidas (biografias). A memorialista escreveu “Ditadura na Universidade Federal da Paraíba (1964-1971), “Memoria de Professores” (CEFET) 2002. “Isabel Burity – A Musicista da Paixão”, “Meandros das Memorias da Faculdade de Direito ao Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba – 1949 a 2006”, “Instituto de Educação Sagrado Coração de Jesus” – memorial, O processo histórico do Fisco paraibano escrito com a participação do auditor fiscal, seu irmão, José Galdino Lopes Filho e “A presença de Mario Moacyr Porto”. A autora pertence à Academia Feminina de Letras e Artes da Paraíba e à Academia Paraibana de Filosofia. É membro da União dos Escritores da Paraíba e do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-PB.
Gecom/TJPB/genesio sousa
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