sexta-feira, 21 de junho de 2013

Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 — Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, e é amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários. Foi poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista e crítico literário. Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época




Nascido no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, de uma família pobre, mal estudou em escolas públicas e nunca frequentou universidade.Os biógrafos notam que, interessado pela boemia e pela corte, Machado lutou para subir socialmente e ganhar respeito como intelectual. Para isso, assumiu diversos cargos públicos, passando pelo Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, e conseguindo precoce notoriedade em jornais onde publicava suas primeiras poesias e crônicas. Em sua maturidade, reunido a colegas próximos, fundou e foi o primeiro presidente por unanimidade da Academia Brasileira de Letras.
Sua extensa obra constitui-se de dez romances, dez peças teatrais, mais de duzentos contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos, e mais de seiscentas crônicas.

 Machado de Assis é considerado o introdutor do Realismo no Brasil, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), um livro extremamente original , pouco convencional para o estilo da época.
 Este romance é geralmente reconhecido como uma de suas obras-primas, ao lado das produções posteriores Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires. As quatro obras costumam ser vinculadas ao que se chama de sua segunda fase, em que se notam mais traços de pessimismo e ironia, embora se preservem resíduos de sua primeira fase, a romântica. As obras geralmente mais elogiadas da segunda fase são as da Trilogia Realista. Sua primeira fase literária é constituída de obras como Ressurreição, A Mão e a Luva, Helena e Iaiá Garcia, onde se notam características herdadas do Romantismo, ou "convencionalismo", como preferem alguns críticos contemporâneos.


Sua obra foi de fundamental importância para as escolas literárias brasileiras do século XIX e do século XX. Atualmente, continua despertando grande interesse em leitores comuns e no mundo acadêmico. Machado influenciou grandes nomes das letras, como Olavo Bilac, Lima Barreto, Drummond de Andrade, John Barth e Donald Barthelme. Durante sua vida, alcançou relativa fama e prestígio pelo Brasil, mas não era popular fora do país. Hoje em dia, por sua originalidade temática e por seu estilo inovador, é frequentemente visto como um escritor de características sem precedentes no Brasil. Há décadas, sua obra tem alcançado diversos críticos, estudiosos e admiradores no mundo inteiro. O crítico Harold Bloom considerou Machado de Assis um dos grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores como Dante.
É o fundador da cadeira nº. 23, e escolheu o nome de José de Alencar, seu grande amigo, para ser seu patrono. Por sua importância, a Academia Brasileira de Letras passou a ser chamada de Casa de Machado de Assis.

Dizem os críticos que Machado era "urbano, aristocrata, cosmopolita, reservado e cínico, ignorou questões sociais como a independência do Brasil e a abolição da escravatura. Passou ao longe do nacionalismo, tendo ambientado suas histórias sempre no Rio, como se não houvesse outro lugar.  A galeria de tipos e personagens que criou revela o autor como um mestre da observação psicológica.  Sua obra divide-se em duas fases, uma romântica e outra parnasiano-realista, quando desenvolveu inconfundível estilo desiludido, sarcástico e amargo. O domínio da linguagem é sutil e o estilo é preciso, reticente. O humor pessimista e a complexidade do pensamento, além da desconfiança na razão (no seu sentido cartesiano e iluminista), fazem com que se afaste de seus contemporâneos."

Em 1975, a Comissão Machado de Assis, instituída pelo Ministério da Educação e Cultura, organizou e publicou as Edições críticas de obras de Machado de Assis, em 15 volumes.
Seus trabalhos são constantemente republicados, em diversos idiomas, tendo ocorrido a adaptação de alguns textos para o cinema e a televisão
Há décadas, sua obra tem alcançado diversos críticos, estudiosos e admiradores no mundo inteiro. O crítico Harold Bloom considerou Machado de Assis um dos grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores como Dante, Shakespeare e Camões.


Minha obra preferida:

As botas

"São as botas. Botas apertadas são uma das maiores venturas da terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar.

Mortifica os pés, desgraçado; desmortifica-os depois, e aí tens a felicidade barata.

Eu sentia isso também em relação ao amor, eu sabia que o meu coração logo iria descalçar as suas botas e por umas chinelas."
 ...

"Não tive filhos não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria."


         [Frase final de Memórias Póstumas de Brás Cubas,1881]



BIBLIOGRAFIAS:
  • Comédia
Desencantos, 1861.
Tu, só tu, puro amor, 1881.
  • Poesia
Crisálidas, 1864.
Falenas, 1870.
Americanas, 1875.
Poesias completas, 1901
  • Romance
Ressurreição, 1872.
A mão e a luva, 1874.
Helena, 1876.
Iaiá Garcia, 1878.
Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881.
Quincas Borba, 1891.
Dom Casmurro, 1899.
Esaú Jacó, 1904.
Memorial de Aires, 1908.
  • Conto
Contos Fluminenses,1870.
Histórias da meia-noite, 1873.
Papéis avulsos, 1882.
Histórias sem data, 1884.
Várias histórias, 1896.
Páginas recolhidas, 1899.
Relíquias de casa velha, 1906.
  • Teatro
Queda que as mulheres têm para os tolos, 1861
Desencantos, 1861
Hoje avental, amanhã luva, 1861.
O caminho da porta, 1862.
O protocolo, 1862.
Quase ministro, 1863.
Os deuses de casaca, 1865.
Tu, só tu, puro amor, 1881.
  • Algumas obras póstumas
Crítica, 1910.
Teatro coligido, 1910.
Outras relíquias, 1921.
Correspondência, 1932.
A semana, 1914/1937.
Páginas escolhidas, 1921.
Novas relíquias, 1932.
Crônicas, 1937.
Contos Fluminenses - 2º. volume, 1937.
Crítica literária, 1937.
Crítica teatral, 1937.
Histórias românticas, 1937.
Páginas esquecidas, 1939.
Casa velha, 1944.
Diálogos e reflexões de um relojoeiro, 1956.
Crônicas de Lélio, 1958.
Conto de escola, 2002.
  • Antologias
Obras completas (31 volumes), 1936.
Contos e crônicas, 1958.
Contos esparsos, 1966.
Contos: Uma Antologia (02 volumes), 1998

Fontes:
  • Wikipédia
  • Projeto Releituras
  • Site da Academia Brasileira de Letras








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