O conselheiro Guilherme Calmon e os juízes auxiliares da Presidência
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Douglas Martins e Marina Gurgel
estarão em Minas Gerais, na segunda-feira (15/7) e terça-feira (16/7),
para conhecer iniciativas estaduais de atendimento a detentos e a
adolescentes em conflito com a lei. Guilherme Calmon é supervisor do
Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do
Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF), do CNJ. Também
participará da agenda o promotor de Justiça Carlos Martheo, membro
auxiliar do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), órgão no
qual integra a Comissão de Infância e Juventude.
A partir das 9h30 de segunda-feira, a comitiva do CNJ estará na
Secretaria de Estado de Defesa Social para audiência com o secretário
Rômulo Ferraz. Na oportunidade, será apresentado o Projeto Portas
Abertas, que responsabiliza o adolescente em conflito com a lei desde
atos infracionais mais leves. O objetivo é prevenir que o menor venha a
cometer delitos mais graves. A intervenção, feita sem a internação do
adolescente, busca sua ressocialização por meio da frequência escolar,
da prestação de serviço comunitário e do convívio em família.
O Portas Abertas foi lançado pelo governador Antônio Anastasia em 11
de abril deste ano, em Belo Horizonte. Na ocasião, o conselheiro
Jefferson Kravchychyn representou o CNJ na assinatura de termo de
cooperação com o governo mineiro e diversas outras instituições,
estaduais e federais. Pelo acordo, cabe ao Conselho orientar magistrados
e fiscalizar a observância das diretrizes da Resolução CNJ nº 165,
de 16 de novembro de 2012, que dispõe sobre normas gerais para o
atendimento, pelo Poder Judiciário, ao adolescente em conflito com a lei
no âmbito da internação provisória e do cumprimento das medidas
socioeducativas.
Ainda na segunda-feira, a partir de 16h, os representantes do CNJ
farão visita a um Centro de Referência Especializado de Assistência
Social (Creas), em Belo Horizonte.
Inspeção
- Na terça-feira, a agenda começa às 10h, no município de Contagem,
onde os representantes do CNJ vão participar do lançamento do Projeto
Saque do FGTS, que facilita o saque de recursos do fundo por detentos.
Na sequência, o conselheiro Guilherme Calmon e os juízes auxiliares do
CNJ farão inspeção na Penitenciária Nelson Hungria, de Contagem, a maior
unidade prisional de segurança máxima de Minas Gerais. Às 14h, o grupo
visitará, no mesmo município, a sede do Programa Novos Rumos, voltado à
reinserção social de detentos e egressos do sistema carcerário, e
acompanhará o mutirão carcerário que está sendo realizado pelo Tribunal
de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG).
O último compromisso da agenda será uma visita à Associação de Proteção e Assistência aos Condenados
(Apac) do município de Santa Luzia, a partir de 15h30. As Apacs são
entidades civis de direito privado, com personalidade jurídica própria,
responsáveis pela administração de centros de Reintegração Social. Elas
operam como parceiras dos poderes Judiciário e Executivo na execução
penal e na administração das penas privativas de liberdade, nos regimes
fechado, semiaberto e aberto. Funcionam ainda sem a presença da polícia
ou de agentes armados e são baseadas na corresponsabilidade dos detentos
(chamados recuperandos) pela sua reinserção social. Além de humanizar o
cumprimento da pena, proporcionam assistência espiritual, médica,
psicológica e jurídica prestada pelas comunidades onde se situam.
Jorge Vasconcellos
Agência CNJ de Notícias
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