Lei trabalhista deu origem a direitos, como férias, 13º e seguro desemprego.
Freelancer e trabalhador PJ também são modalidades usadas no mercado.
A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) completa 70 anos. Desde sua
criação, os trabalhadores conquistaram muitos direitos. Foi durante o
regime do Estado Novo que o salário mínimo, a jornada definida e a
carteira de trabalho foram criados.
Muita gente ficou diante de uma câmara fotográfica pela primeira vez
para tirar os retratos 3X4 exigidos para fazer o documento. A
consolidação das leis trabalhistas foi promulgada no dia 1º de maio de
1943 pelo presidente Getúlio Vargas.
Hoje, os direitos não param de aumentar e só nos primeiros cinco meses
deste ano foram emitidos quase três milhões de documentos. “A CLT vem
avançando significativamente, muitas normas foram criadas, como o
direito a férias, 13º, fundo de garantira e seguro desemprego”, afirma a
juíza do trabalho Olívia Figueiredo.
Servente de obras foi a ocupação que mais se formalizou em 2013, com um
saldo de 70.775 vagas. Em seguida, está o cargo de alimentador de linha
de produção, com 68.364 vagas, e o de auxiliar de escritório, com
34.920 postos de trabalho.
Outras modalidades
Mesmo com o crescimento da carteira assinada, ainda há quem trabalhe
como pessoa jurídica. É o caso do professor de educação física João
Marcelo Siqueira, que formado há dois anos, atua como personal trainer.
Ele escolheu trabalhar por conta própria e fechou parceria com várias
academias.
Apesar de mandar na sua agenda e pegar folga quando quiser, o trabalho
de autônomo tem seus pontos negativos. Quando está de folga ou até mesmo
doente, esse profissional não recebe salário. Por isso, é preciso se
programar e suar a camisa para não entrar no vermelho. “A gente precisa
se organizar, precisa juntar uns 10% do salário todo mês para poder se
manter neste mês de férias longe, podendo curtir e sem passar apertos”,
diz João.
Quem trabalha como pessoa jurídica também não tem direito a benefícios,
como plano de saúde e vale alimentação. Além disso, para garantir uma
boa aposentadoria, é preciso pagar o INSS e uma previdência privada.
Mesmo assim, João diz que chega a ganhar até dez vezes mais como
autônomo: “Pra mim vale a pena, continua valendo a pena”.
Outra modalidade de trabalho é o freelancer. A jornalista Paula
Oliveira de Sá trabalha dessa forma há sete anos. Para prestar o
serviço, ela faz um contrato com os clientes e emite uma nota fiscal.
Como não tem vinculo com nenhuma empresa, é ela quem contribui todos os
meses para o INSS e também paga uma previdência privada, pensando em
garantir uma renda melhor no futuro.
Como freelancer, Paula calcula que ganha hoje 50% mais do que como
contratada, mas tem a despesa com o contador. Por outro lado, afirma que
gasta pouco com combustível, internet e celular.
Jornal Hoje
Edição de 22.07.2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário