quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Elis Regina: 30 anos de saudades

Até hoje, 30 anos depois de sua morte, o fenômeno Elis Regina continua incomparável

Considerada uma das melhores cantoras de todos os tempos, Elis Regina vendeu mais de 4 milhões de discos em seus 18 anos de carreira. Em 19 de janeiro de 1982, sua morte chocou o país: Elis foi encontrada, no quarto de seu apartamento, vítima de uma overdose de álcool e cocaína
Nesta quinta-feira a morte de Elis Regina completa 30 anos. E, como não poderia deixar de ser, a data é marcada por uma série de homenagens, que inclui relançamento de CDs, a reedição de uma biografia clássica e show-tributo de sua filha Maria Rita, com produção de João Marcelo Bôscoli, seu outro filho.
  • O projeto "Viva Elis", encabeçado pelos filhos, reúne também uma exposição multimídia, com vídeos, fotos, discos, revistas, recortes de reportagens, roupas, objetos pessoais e acervo de documentos. Depois de rodar algumas cidades do País, a ideia é abrigar esse acervo no Instituto Elis Regina, que será criado em São Paulo, Rio de Janeiro ou Porto Alegre. Um livro também será escrito por Allen Guimarães, que reuniu pesquisas e entrevistas da cantora.
  • Chega às livrarias a quarta edição da biografia "Furacão Elis", escrita pela jornalista Regina Echeverria e publicada pela editora Leya. E até o fim do ano, deve ser lançada outra biografia da cantora, de autoria do jornalista Júlio Maria, com o apoio da família, que reprova algumas informações do livro de Regina, principalmente no que diz respeito à causa da morte de Elis.
  • Entre os relançamentos musicais está a caixa "Elis Regina nos Anos 60", contendo 12 álbuns gravados pela cantora na primeira fase da carreira. Um segundo box também já está a caminho - como homenagem, a Universal Music pretende relançar 24 álbuns contendo toda a discografia da artista produzida pela gravadora.


Homenagens e mais homenagens

Em função da data, homenagens à cantora começam a pipocar também na web e na TV. Entre elas está o "Som Brasil - Tributo a Elis Regina", que será exibido neste sábado, às 23h, e domingo, às 18h, pelo Canal Viva. Trata-se da reprise de um espetáculo que reuniu estrelas da MPB, em 1997, na casa de shows Metropolitan, no Rio, para relembrar músicas imortalizadas na voz da diva. Merecem destaque as participações de Ângela Maria, Nana Caymmi e Milton Nascimento - que divide o palco com os filhos de Elis, Pedro Mariano e João Marcelo Bôscoli, antes de Maria Rita assumir a carreira artística.

Elis, a Pimentinha

Nascida em Porto Alegre, Elis Regina começou sua carreira aos 11 anos, em um programa de rádio para as crianças. Aos 16 lançou seu primeiro disco, mas foi na década de 60 que a cantora, de 1m53cm de altura, tornou-se a grande estrela como até hoje é lembrada, com uma presença de palco inconfundível: graças ao costume de mexer os braços e a emoção com que cantava, recebeu o apelido de Pimentinha.

Em 1965, foi a grande revelação do festival da TV Excelsior em São Paulo, quando cantou "Arrastão", música com a qual conquistou o Brasil e, no final da década, se lançou no exterior, conquistando o público europeu e tornando-se a primeira artista a se apresentar duas vezes no mesmo ano no Olympia, a mais antiga e famosa casa de espetáculos de Paris.

Politicamente engajada, participou ativamente de movimentos contra à ditadura brasileira. Sua interpretação transformou a canção "O Bêbado e a Equilibrista", de João Bosco e Aldir Blanc, em hino da volta do exílio.

Com seu sucesso, Elis impulsionou a carreira de iniciantes como Fagner, Ivan Lins, Milton Nascimento e João Bosco. Na década de 70 e início de 80 se consolidou-se como a maior cantora do Brasil e causou polêmica - foi nessa época que ela disse a famosa frase "Neste País só duas cantam, a Gal (Costa) e eu".

Fonte: Jornal Agora

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