Reintegração de jovens, depende de apoio da sociedade.
“Essa experiência mudou a minha vida”. A afirmação é de Vinicius, 20 anos, designer de AutoCAD. Ele foi internado três vezes – aos 13, 16 e 17 anos – após se envolver em atos infracionais. Na última vez que ‘rodou’, foi cumprir a medida socioeducativa na unidade de Vila Maria, no Bairro do Brás, em São Paulo. Lá teve a oportunidade de se profissionalizar e se integrar de vez à sociedade.
Vinícius ‘rodou’após praticar a chamada saidinha de banco – nome atribuído ao roubo de pessoas à saída de uma agência bancaria. Ele tinha 17 anos e foi sentenciado a cumprir a medida socioeducativa de privação de liberdade. Era a terceira internação. A primeira ocorreu aos 13 anos e a segunda aos 16. Esta última, no entanto, foi diferente das demais. O jovem foi parar em uma unidade para adolescentes em conflito com a lei e contava com apoio psicológico, pedagógico e profissionalizante. E hoje, aos 20 anos, ele se orgulha da profissão de designer de AutoCAD (software utilizado para desenhos técnicos em arquitetura, design de interiores e engenharia) e a conquista de um emprego com carteira assinada.
Aos 18 anos, Sandro esforça-se para terminar o curso de Logística. Ele estuda na Escola Técnica Paulista (Etec) – instituição à qual ingressou após passar em 38º lugar no vestibular. Quem o vê hoje tão aplicado nos estudos não imagina a história do rapaz, que já foi privado da liberdade após se envolver em um assalto. Antes de ser internado, o adolescente já havia sido sentenciado a cumprir as medidas socioeducativas de liberdade assistida e semiliberdade, também pela prática de atos.
Igor tem 17 anos e trabalha como assistente de cozinha no Departamento Geral das Ações Socioeducativas (Degase) – órgão que administra a execução da medida socioeducativa de privação de liberdade, aplicada aos adolescentes em conflito com a lei no estado do Rio de Janeiro. A oportunidade de se inserir no mercado de trabalho veio após a realização de um curso profissionalizante oferecido por uma instituição parceira do estabelecimento onde cumpria a internação.
Fonte: Conjur
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