sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Diretora de ONG diz que Sakineh esteve em liberdade e foi presa novamente no Irã

BERLIM - Após a Press TV do Irã desmentir a informação de que Sakineh Mohammadi Ashtiani foi solta , a diretora da ONG alemã que divulgou a notícia disse nesta sexta-feira que a iraniana passou três dias em liberdade e voltou para a prisão. Segundo Mina Ahadi, do Comitê Internacional Contra a Pena de Morte e o Apedrejamento, há uma disputa interna no governo iraniano sobre o caso da mulher que fez o país se tornar alvo de pressão internacional.

Mina afirma que há integrantes do regime islâmico que são a favor da libertação de Sakineh, que foi condenada à morte por apedrejamento, mas teve a pena alterada para enforcamento. Segundo a diretora da ONG, do outro lado, entre os que apóiam a execução da iraniana, está o presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad.

- A situação volta à estaca zero - disse Mina, avaliando que Sakineh pode ser executada nos próximos dias, mas também pode ser libertada. - O regime brinca com a opinião pública internacional.

Sakineh apareceu em sua casa em fotos divulgadas pela Press TV, ao lado do seu filho, Sajjad Ghaderzadeh, e do advogado Hotan Kian. O canal afirma que as imagens foram registradas durante a gravação de uma reconstituição do suposto assassinato do marido da iraniana. Ela é acusada de participar do crime. Antes, era também acusada por adultério.

Segundo Mina Ahadi, Sajjad e Kian também voltaram para a prisão. Ela garante ter tido acesso à informação por meio de fontes no Irã, embora tenha perdido o contato com todos os parentes da iraniana. A diretora da ONG também mudou a versão que tinha dado sobre um email enviado pelo filho de Sakineh relatando a libertação. Ela diz agora que ele havia publicado a informação na internet, no que seria uma referência aos três dias que passou em casa com a mãe.


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário