quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

CNJ avisa: quer Presídio do Roger desativado

O Conselho Nacional de Justiça antecipou hoje que recomendará a desativação do Presídio do Roger, em João Pessoa. A recomendação estará em relatório de conclusão de mutirão carcerário, iniciado ontem.

Para os integrantes do CNJ, a penitenciária – construída na década de 40 – não tem condições de continuar em funcionamento.

A Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, mais conhecida como Presídio do Roger, em João Pessoa, precisa ser desativado por falta de condições mínimas para o aprisionamento dos cerca de mil presos que lá vivem.

A recomendação será feita pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no relatório final do mutirão carcerário do CNJ que começou nesta quarta-feira (12/1) no Estado da Paraíba. A informação é do supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, o conselheiro Walter Nunes, que acompanhou o primeiro dia da mobilização na capital paraibana.

Ao lado do juiz auxiliar da Presidência do Conselho, Márcio Fraga, do juiz corregedor do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) e de representantes da Defensoria Pública e do Ministério Público, o conselheiro percorreu os pavilhões do Roger na tarde desta quarta, verificando as más condições de higiene e conservação do presídio, construído ainda nos anos 1940.

“Adiantamos que vamos sugerir a desativação do Presídio do Roger, que não tem condições de abrigar os mil presos (a capacidade atual é para 400 presos)”, afirmou Walter Nunes.

No Pavilhão 4 do presídio , o chão do corredor se encontra forrado por restos de comida, o que acabou gerando uma enorme concentração de moscas, que infestam o espaço entre as celas. Dentro delas, 23, 28, 30 pessoas dividem o espaço criado para abrigar 12 pessoas, no máximo.

Na presença do juiz coordenador do mutirão na Paraíba, Paulo Irion, os detentos denunciaram problemas na comida, sem sal e carne.

Pela manhã, os juízes e outros participantes do mutirão inspecionaram outra unidade prisional, o Presídio de Segurança Máxima de João Pessoa (PB01).

A realidade é bem diferente, não existe super-lotação – das 800 vagas, apenas pouco mais de 500 estão efetivamente ocupadas. O mutirão carcerário do CNJ vai continuar na Paraíba até, pelo menos, o dia 11 de fevereiro. São cerca de 8,5 mil processos que começaram a ser analisados nesta quarta-feira (12/1).



Fonte: Agência CNJ de Notícias

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